terça-feira, 6 de outubro de 2009

Artigo de Zózimo Tavares (Jornal Diário do Povo)


Se Wilsão desapontar companheiros será um suicídio político


Ele é chamado de “o trator”, pelo seu estilo trombador, destemido, determinado, ambicioso e incansável em perseguir os seus sonhos e objetivos. Está em constante movimentação, tentando ganhar mais visibilidade, fazer crescer o seu partido, ocupar os espaços que vão aparecendo, enfim, consolidando a sua posição de postulante ao cargo de governador do Estado no próximo pleito.


Há quem diga que, se não fosse a sua ação, a história da sucessão já estaria escrita e mansamente definida, porém ele se transformou na pedra do caminho de postulantes que pensavam estar navegando em céu de brigadeiro.


O vice-governador Wilson Martins, para quem não adivinhou que é de quem estou falando, vai, assim, pouco a pouco ou passo a passo, desbravando o seu caminho. Os obstáculos, porém, ainda estão muito longe de serem transpostos.


Além do fenômeno popular, espontâneo e crescente, representado pela provável candidatura do prefeito Sílvio Mendes, há quem diga que o PTB já começou a abrir a sua caixa de ferramentas para dela tirar uma chave 14 e colocar nas mãos do governador Wellington Dias, com a seguinte proposta: “caso o senador João Vicente não se viabilize como candidato a governador pela base governista, nos apoiaremos o Antonio Neto, do PT, na condição de você ficar no governo e, conseqüentemente, não deixar o seu vice assumir”.


Ninguém sabe é se isso não passa de uma lenda política nem – caso seja real – se Wellington vai ter a coragem de pegar no cabo da chave, pois teme a reação da opinião pública, que um dia revoltada com o gigantismo de um esquema, o elegeu governador. Além do mais, o vice-governador Wilson Martins é um conceituado médico neurocirurgião, homem por demais bem-sucedido profissional e financeiramente, para aceitar ser apenas uma vaca de presépio.
Não bastasse, a candidatura dele não lhe pertence mais.


O PSB criou muita expectativa de poder em torno do vice-governador. Foi confiando em sua assunção ao governo e, também, em sua candidatura, em 2010, que centenas de lideranças optaram pelo PSB. Desapontar todo essa legião de companheiros seria um suicídio político anunciado.

Um comentário:

Unknown disse...

A avaliação é correta dentro de um campo de relatividade.Mas uma coisa é certa o PSB deve ter candidato e suas fileiras vão a luta.