segunda-feira, 13 de novembro de 2017

A prática como critério absoluto da verdade


                                                               "O tempo é o campo do desenvolvimento humano." Karl Marx

            No 150º aniversário do livro o Capital de Karl Marx  (principal obra do filosofo Alemão)  vou me dedicar a escrever vários e diversos “pequenos textos” acerca da famosa frase, também atribuída a concepção marxista, “A prática como critério da Verdade”.

          Karl Marx foi Revolucionário, Economista e filosofo, portanto não irei focar em um único tema, mas em todas as suas três principais atividades. Não sou um estudioso de suas obras, apenas fiz algumas leituras, permitam a erros e equívocos, natural em quem não é perfeito e nem doutor marxista. Não sou proprietário da verdade e nem quero ser. Apenas irei lançar questões para a reflexão e o debate.   

          A primeira questão a ser levantada é sobre a atualidade de sua critica ao capitalismo e sua teoria. Há 150 anos o mundo vivia sobre as consequências da mudança do regime feudal para o capitalismo, sendo a industrialização o motor de desenvolvimento desse sistema. É fato que o proletariado, trabalhador da indústria de sua época, sofria de uma longa jornada de trabalho, condições precárias nas fabricas, salários baixos e exploração dos trabalhadores. Hoje um dos motores do desenvolvimento do capitalismo é a informática (Novas tecnologias). Aplicar as teorias de Marx sem levar em conta a esse novo vetor de desenvolvimento (terceira Revolução tecnológica)  é  o mesmo que aplicar os ensinamentos de Cristo sem levar em conta a evolução da sociedade e ficar decorando frases bíblicas, sem a correta interpretação.

          Marx era um estudioso da dialética, para ele, “tudo se transformava”, portanto a sua própria teoria precisa ser estudada e aplicada, levando em conta a evolução da sociedade e as relações de trabalho.

        O capitalismo é concentrador de riqueza e explora os que trabalham e produzem. Então, guerra aos capitalistas, que vivem da especulação financeira e da exploração dos outros.  Nós não vamos acabar com a exploração do homem sobre o homem, sem se unir e combater o principal inimigo. Por isso, taxar grandes fortunas é um caminho e realizar um novo pacto social para evitarmos a barbárie é necessário. 

           Para mudar e evoluir é preciso acompanhar as mudanças e sairmos da “Zona de conforto”. Não estou negando a luta de classe como o motor da história, estou chamando a atenção para  uma analise das transformações que o mundo está atravessando, sobre tudo os processos tecnológicos e as relações sociais. Se por um lado ainda preserva-se a opressão de uma classe sobre a outra, também se fazem necessários a luta e defesa dos oprimidos e excluídos pelo sistema capitalista. Deveremos alterar as estratégias e táticas utilidades nesse processo e não vivermos amarrados ao passado, deixando de aprender com o presente. Vamos construir a nova política na prática e não na teoria. Não podemos apontar erros nos outros e esquecer que precisamos corrigir os nossos.

          Viva a nossa luta por emprego e cidadania, por lazer, por educação, por segurança e essencialmente a luta pela felicidade e o amor. Sejamos a paz que queremos do outro. O amor precisa vencer o ódio. O futuro nos pertence!