O Brasil vive a maior crise
política de sua história democrática, pós regime militar. O pivô é o próprio
governo, já que a oposição é pequena e muito acanhada. PT e PMDB que se fortaleceram
em alianças mútuas, em todo Brasil durante mais de 10 anos, chegaram em 2015
com a presidência e a vice do Brasil,
Dilma (PT) com Temer (PMDB), e as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado
Federal com Cunha (PMDB) e Renan (PMDB) respectivamente.
Partidos como o PSDB e PPS se
limitam a manter o capital político sem apresentar nenhuma alternativa de
avanço para o Estado brasileiro. O PSB aliado a um partido em formação, REDE
SUSTENTABILIDADE, foi que em 2014 teve a
coragem de apresentar uma opção pautada em três eixos: Gestão pública,
transparência e sustentabilidade. Eduardo Campos e Marina Silva representaram
essa alternativa de mudança.
A morte de Eduardo Campos
impactou negativamente o projeto de mudança na política brasileira e com isso cresceu
a disputa interna no atual governo. PT e PMDB se enfrentaram na disputa pela
Câmara dos Deputados, e a arrogância de sempre do PT não conseguiu enxergar na
candidatura de Julio Delgado (PSB) uma oportunidade de reorganizar as forças
democráticas e progressistas em cima de uma pauta comum, o que terminou por
contribuir com a eleição de Cunha para a Câmara e conseqüentemente o
crescimento das pautas conservadoras e as chamadas “pautas bombas” para
inviabilizar o governo.
O Partido Socialista Brasileiro –
PSB, sem uma liderança política nacional em seu comando, foi que com muita
dificuldade ainda sinalizou mais uma vez, a oportunidade de pautar temas comuns
ao campo democrático e progressista, definindo-se como independente. Mais uma
vez a cegueira do poder, empurrou após dez meses, o PSB, antigo aliado de
esquerda, para definitivamente se tornar oposição ao Governo da Dilma.
A aprovação da admissibilidade de
um processo de impedimento da presidenta da republica na Câmara dos Deputados,
mostrou a incapacidade do Governo Dilma de seguir em frente com uma base
parlamentar com pouco mais de cem deputados, numero insuficiente até mesmo para
manter uma Medida Provisória.
A situação política se agravou e
agora só temos duas saídas: Um governo de coalizão nacional ou uma nova eleição
presidencial. Prevalecendo qualquer das duas saídas, não será fácil a
reorganização política brasileira, e urge um aprofundamento do debate com todos
os setores da sociedade para aprovar uma verdadeira reforma política que ponha
fim a farra de agremiação partidária e que dê estabilidade ao regime
presidencialista ou mesmo aprove um regime parlamentarista, onde a mudança do
primeiro ministro é menos traumática.
Uma batalha a ser concluída
urgentemente, é o afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha e o imediato julgamento pela
justiça brasileira das acusações que pesam sobre ele . Não avançaremos em
nenhuma das duas saídas sem antes remover essa pedra do caminho. Não Vamos
Desistir do Brasil!
Messias Júnior,
Cientista Político e
Membro da Direção Nacional do PSB